terça-feira, 17 de agosto de 2010

Febre e amor incondicional

Ontem passei quase o dia todo em casa, como se não fosse normal! Decidir visitar minha mãe, o tempo estava chuvoso, com fortes rajadas de vento, mas isso não me segurou em casa, alias pra ser sincero nunca deixei de fazer nada por causa de um tempinho xexelento. Pois esse foi o problema conseguir chegar sem me molhar, mas na casa dela é muito frio devido a grande concentração de vegetação ao redor da casa e também por ela estar localizada numa área alta, vamos dizer que fica aonde o vento faz a curva.
Pois bem, ela ainda não estava em casa, fui me virando como sempre, o silêncio daquela casa é mágico, me sinto muito bem quando estou lá, consigo dormir melhor. Eu tive uns problemas pessoais com meu antigo relacionamento e por isso escolhi ficar mais tempo na casa de meu pai,  pois aqui na casa dele não fico sozinho, sempre ativo com barulho de TV ligada, meus irmãos falando o tempo todo. Então não há espaço pra solidão aqui. Como se isso não bastasse mesmo assim escolhi ficar sozinho. Assim poderia me concentrar mais em meus objectivos, como crescimento pessoal e profissional, e todo amor que existe em mim consigo doar de forma mais incondicional para as pessoas que estão mais próximas de mim e é sobre isso que queria falar hoje, minha mãe.
Antes dela chegar, ela já havia me avisado que o computador dela estava com um defeito, mesmo assim tentei ligar. antes de ligar mexi na gaveta e achei as duas cartas que recebera quando tudo teve um fim. Aproveitei aquele momento pra reler. Uma era cópia da outra mesmo assim li as duas pra ter a certeza que não havia alguma frase diferente ou até mesmo apagada, eram idênticas. Depois de ler entrei em um estado de indignação, perguntando por que deveria ser assim e quando levantei a cabeça como que por ironia a tela do computador toda escura com a seguinte frase "Aperte a tecla "r" pra reparar". Logo pensei em tudo que já tinha acontecido e foi como se em um passe de mágica eu apertando aquele botão tudo aconteceu seria reparado. Bem que poderíamos ter um CD pessoal pra formatar nossas idéias a cada acontecimento infeliz. Minha mãe chegou e eu guardei tudo e dei-lhe um abraço longo e apertado, saudade. Quase 1 mês sem ver-la. Descobrir que meu amor por ela era maior e muito mais forte do que pensava. Fui imaturo quando adolescente quando maltratava ela e outras pessoas. Ainda não sabia o quanto amava ela, tinha duvidas de todos sentimentos quando só enxergava 1 mulher na minha vida. Ontem foi diferente pensei em tudo que se passava e como a vida era tão rápida, pensei como se fosse o ultimo dia da minha vida, olhei pra minha mãe e vi em seus traços de um Srª de uma idade já se avançando e conseguir perceber nas rugas o quanto ela é uma pessoa batalhadora. Sinto orgulho dela. Fiquei pensando meio que sem jeito pra falar algumas coisas mas com o decorrer do tempo conseguir dizer tudo que queria antes que fosse tarde de mais. Ela sentiu e gostou muito. 
Ela foi dormi e eu fiquei assistindo filme na "Tela quente" filme era Stardust, filme de magia e comedia romântica. Legalzinho. Fazia muito frio, quando acabou o filme fui dormi com ela. Fazia tempo que não dormia com minha mãe ainda mais nos tempos de hoje, eu grande desse jeito dormindo com a mamãe. Foi ótimo, na mesma hora que deitei começamos a conversar, e ela queria muito me contar alguma coisa, como se me devesse explicações de algo. Falou que tinha encontrado alguém pra passar o resto de sua vida, sempre fui tão ciumento com ela relação a isso, sempre tive medo das coisas serem desagradáveis como já foi tempos passados. Mas parece que vai ser diferente desta vez, ela me mostrou fotos e as varias menssagens no celular,me contou muitas coisas até que gostei. Quanto a ele ainda não conheço, mas me parece ser uma pessoa que eu venha a gostar. Eu ainda dei uma de menino mau criado falando algumas besteiras "Se seu carinho já era pouco imagina agora" mas não tem nada haver. Ela perguntou se eu estava chorando, no escuro não dava pra ver só dava pra ouvir as fungadas, e eu falei que não, só estava ficando gripado. Depois ela descobriu e perguntou o por que, eu falei "Só estou me sentindo um pouco sozinho". Depois de alguns conselhos fomos dormi abraçadinhos la pra umas 03:30. Aquela cama dura me quebrou todo. 
Acordei hoje com febre e dor de cabeça. Antes eu tinha ouvido ela falar com minha irmã no telefone que tinha sonhado alguma coisa ruim, eu estava muito sonolento pra escutar mas depois ela me contou. Falamos de planos pro futuro e me deu uma massagem nas costas depois me deu dipirona pra amenizar minha febre. fiquei até melhor mesmo depois cai no sono no sofá assistindo propaganda eleitoral, e depois ela me acordou pra almoçar, os gatos ficaram alerta querendo roubar minha galinha.Dei um cascudo neles logo ficaram de longe lambendo os dentes. Quando eu estava indo embora já melhorzinho minha mãe me agazalhou todo como se eu fosse um garotinho e eu abracei ela com todo amor que havia. Falei pra ela o que nunca falaria antes por sei la, esse jeito meio duro de ser de meu pai que adotei, mas falei pra ela "Estou muito feliz com você". Com certeza ela gostou e agradeceu. Foi como se a unica coisa que prendia ela de viver fosse eu, e eu parecia está dando a ela a liberdade de ser feliz de novo. 
No ônibus pra "estação piraja" a viagem foi tranquila, mas quando peguei o ônibus pro "Bonfim" foi um horrível. Peguei um engarrafamento e eu em pé a febre começou a sugir de novo, logo lembrei do post "transito e TPM" do dia 11 de agosto. Me ferrei, comecei a suar frio e logo pensei sem acreditar "Daqui a pouco eu desmaio assim" e começou os sitomas, vista embaçada e corpo mole. Ainda não acreditando que eu estava naquela situação que iria desmaiar mesmo esperei e pensei em uma fração de segundos no que fazer. Olhei pra escada da porta do meio do ônibus e não pensei duas vezes pedi pro rapaz que estava ali em pé, até por que o ônibus estava lotado, e falei com ele pra me deixa sentar que estava passando mau. De inicio na primeira chamada ele não escutou, falei o mais baixo possivel pra não causar transtorno, ele perguntou "O que?" e eu "Moço deixa eu sentar ai que estou passando mau" logo ele saio da escada e falou "Mete o dedo na guela" ¬¬", eu não queria vomitar, eu ia era desmaiar, se ele quisesse que eu piorasse acho que aquela seria a opção mesmo do dedo na guela.Por questão de segundos eu não desmaiei. A porta do carro estava com uma brecha e o vento que por ali entrava parecia que iria me congelar, o vento que eu respirava parecia ser o do congelador, eu coloquei o capote no colo e cobrir as mãos agonizando. Queria chegar em casa parecia logo. As pessoas me olhavam com pena sei la, eu evitei olhar pra elas. Desci correndo, estava choviscando e aquelas goticulas de agua eu sentia muito frio, só piorava. Abri o portão desesperado passei pelo meu pai no quarto ele me gritou "ô Pablo" nem dei ouvidos e entrei correndo e me joguei na cama tremendo. Depois ele veio perguntou o que tinha me deu um termometro e medio minha temperatura, 40º . Me medicou, me deu uma coberta mais grossa, e fui dormir. 
Acordei nesse instante pra escrever, já alimentado, sem febre, mais quentinho, e com um pouco de dor no corpo só.